O câncer de pâncreas é uma condição rara, de difícil detecção e com comportamento agressivo. Por isso, registra uma alta taxa de mortalidade, sendo responsável por cerca de 4% do total de mortes por câncer no Brasil.
Essa condição pode se manifestar de diferentes formas, como é o caso dos tumores periampulares. Já ouviu falar neles? Então, não deixe de ler este post. A seguir, explicaremos tudo o que você precisa saber a respeito da doença.
O que são os tumores periampulares?
Por definição, os tumores periampulares são neoplasias que surgem em uma região chamada Ampola de Vater, uma estrutura composta pelo ducto pancreático principal (ou de Wirsung) e pelo ducto colédoco, que são envolvidos pelo músculo esfíncter de Oddi.
Ainda, essa estrutura permite a drenagem da bile e das enzimas pancreáticas, direcionando-as para a papila de maior ou de Vater. Os tumores periampulares podem se originar em qualquer parte dessa ampola, desde a cabeça do pâncreas ao duodeno.
Quando o paciente não apresenta doenças prévias no trato digestivo, esses tumores costumam aparecer a partir dos 60 anos. Contudo, caso haja alguma desordem genética, pode acometer pacientes mais novos.
Ademais, os tumores do pâncreas são neoplasias extremamente agressivas. A taxa de sobrevida média é de 5 anos. Embora seja uma doença rara, existem evidências de que sua incidência tenha aumentado nos últimos 30 anos.
Quais são os sintomas?
No que se refere aos tumores periampulares, a icterícia obstrutiva é o principal sintoma, estando presente em cerca de 80% dos pacientes. O problema ocorre porque há uma compressão do colédoco distal, o que impede a drenagem da bile.
Contudo, a presença desse sinal é um indicativo de que o câncer está em estágio avançado. Outro sintoma característico é a perda de peso progressiva, acompanhada da perda de apetite (anorexia).
Em situações menos comuns, o paciente também pode apresentar outros sintomas graves, tais como, dor abdominal aguda, síndrome de obstrução gástrica, pancreatite aguda e hemorragia digestiva alta.
Como é o tratamento?
O tratamento dos tumores periampulares consiste na sua remoção cirúrgica completa. Caso estejam localizados na região periampular, a duodenopancreatectomia de Whipple é a técnica mais utilizada.
Ainda, quando o câncer já evoluiu para uma metástase, as medidas terapêuticas são paliativas, sendo a quimioterapia, associada ou não à radioterapia, o melhor método de controle da doença.
Como evitar?
De modo geral, o câncer de pâncreas está relacionado a fatores hereditários e não hereditários. No primeiro caso, decorre de síndromes de predisposição genética, o que não pode ser evitado.
Já entre os fatores de risco não hereditários, temos o tabagismo, a obesidade, o diabetes mellitus e a pancreatite crônica não hereditária. Neste sentido, a melhor forma de prevenir os tumores periampulares é adotando um estilo de vida saudável.
Isso significa praticar atividades físicas regulares, manter uma alimentação equilibrada, rica em nutrientes e pobre em gorduras e açúcares, evitar a ingestão de álcool, o sobrepeso e a obesidade.
Enfim, os tumores periampulares são agressivos e, por isso, você precisa fazer o possível para evitar os fatores de risco relacionados ao seu desenvolvimento. Portanto, a melhor dica é: leve uma vida saudável.
Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter, e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como cirurgião em Belo Horizonte!
