risco cirúrgico

O que é risco cirúrgico e como é feita a avaliação

Em todas as cirurgias, é determinado o risco cirúrgico. O objetivo do exame é oferecer uma avaliação pré-operatória que irá minimizar riscos clínicos e garantir a segurança do próprio paciente.

Trata-se de uma forma de avaliar o estado clínico e as condições de saúde de uma pessoa que passará por intervenção cirúrgica, a fim de que sejam identificadas possibilidades de complicações antes, durante e depois do processo.

A avaliação compreende um levantamento detalhado do histórico clínico e exame físico, além de exames complementares.

Como é feito o risco cirúrgico?

O primeiro passo é uma entrevista aprofundada, para identificar o histórico do indivíduo, tipos de medicamentos usados, doenças, alergias, entre outros. Também é realizada uma avaliação física, que consiste em ausculta cardíaca e pulmonar.

Posteriormente, realiza-se uma série de exames. Entre os mais comumente solicitados e recomendados estão:

  • hemograma;
  • testes de coagulação;
  • exame de urina e fezes;
  • dosagem de creatinina para portadores de doenças renais;
  • diabetes;
  • pressão alta;
  • doenças do fígado;
  • insuficiência do coração;
  • teste ergométrico;
  • radiografia de tórax;
  • eletrocardiograma.

Avaliação do tipo de cirurgia

Além de entender as condições de saúde do indivíduo, é preciso saber o tipo de procedimento cirúrgico a ser realizado. Quanto mais complexo e demorado, maiores os riscos possíveis e os cuidados necessários em todo o período operatório.

As cirurgias podem ser classificadas de acordo com o risco de complicações cardíacas. Existem três tipos:

  • risco baixo: são procedimentos que não envolvem intervenções grandes, como endoscopia ou colonoscopia, e cirurgias superficiais, como de pele, mama e olhos.
  • risco intermediário: envolve procedimentos mais complexos, como cirurgia do tórax, abdômen, próstata, de cabeça ou pescoço e ortopédica. São incluídas também as cirurgias bariátrica e oncológicas, por interferirem em um ou mais órgãos.
  • risco alto: envolve cirurgias de emergência ou cirurgias de grandes vasos sanguíneos, como aorta ou carótida.

Há também uma forma de classificação do risco criada pela Sociedade Americana de Anestesiologistas (ASA). Ela varia de ASA 1 a ASA 6. Quanto maior o número de classificação ASA, maior o risco de mortalidade e complicações pela intervenção cirúrgica. Deve-se avaliar com muita atenção se o tipo de procedimento pode ser benéfico para cada pessoa.

Benefícios

Ao final de todo o processo, caso o indivíduo apresente boas condições, o médico poderá agendar a cirurgia ou fazer orientações para que seja diminuída, ao máximo, a possibilidade de complicações durante a operação.

Além de avaliar as possíveis complicações cirúrgicas e buscar maior segurança para a vida do indivíduo, o risco cirúrgico colabora para redução da permanência hospitalar e do período de internação pré-operatório.

Outro ponto positivo é que, por antever as possíveis emergências cirúrgicas do indivíduo, a avaliação contribui para que aumente o número de operações ambulatoriais e internações no mesmo dia do procedimento.


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