digestão bariátrica

Como fica a digestão após a realização da cirurgia bariátrica?

O resultado alcançado por muitas pessoas com a cirurgia bariátrica serve de incentivo a outras tantas para se submeterem ao tratamento. De forma simplista, ela é um tratamento para redução do trato digestivo e é mais conhecida como redução do estômago, havendo diversas técnicas para que seja realizada. No procedimento, é retirada parte do estômago, e ocorre uma adaptação do sistema digestivo; o que sobra é ligado aos 2 canais de ligação com o resto do sistema gástrico: esôfago e duodeno.

Com isso, a expectativa é de que o próprio corpo se encarregue de providenciar a readaptação à nova condição, já que o estômago perde a capacidade de processar alimentos no interior dele. Com isso, há um controle do apetite, pois o indivíduo se sentirá empanturrado se tentar comer como antes.

Normalmente, no período pós-operatório, as pessoas perdem uma porção significativa do peso anterior, o que proporciona um resultado físico visível. Na maior parte dos casos, o paciente não volta a ganhar peso.

Tudo isso depõe a favor da cirurgia, mas é preciso que se leve em consideração alguns aspectos aos quais o paciente precisa estar ciente. A cirurgia bariátrica é parte de um procedimento mais amplo do tratamento para o emagrecimento. Isso significa dizer que deitar na mesa de cirurgia é apenas um passo intermediário no processo de emagrecimento.

A cirurgia é precedida de um trabalho de reeducação alimentar levado a cabo por nutricionista. Há uma avaliação psicológica para o condicionamento e o acompanhamento do paciente ao longo do pós-operatório.

Como fica a digestão após a cirurgia bariátrica?

Nesse período, há uma série de etapas a serem cumpridas e de cuidados a serem tomados, alguns para o resto da vida.

No 1º momento após a cirurgia, a alimentação do paciente é exclusivamente líquida. Isso é necessário para que ocorra a recuperação do local onde foi feita a cirurgia e a readaptação do órgão à nova condição.

No momento seguinte, a alimentação líquida é trocada por alimentação pastosa. Somente após um período, normalmente de no máximo 30 dias, o paciente volta a ingerir sólidos.

Esse é só parte do procedimento no pós-operatório. O paciente poderá desenvolver rejeição a uma série de alimentos que antes apreciava. Isso decorre das transformações globais do trato digestivo e do organismo como um todo, que são profundas.

Muitos pacientes são obrigados a tomar pelo resto da vida suplementação de determinados nutrientes, os quais deixam de ser adequadamente absorvidos pelo sistema gastrointestinal.

Quanto à reeducação alimentar, aquela que teve início já no pré-operatório, o papel dela é fundamental para a saúde do paciente, pois a dieta dele não terá mais qualquer similaridade com aquela anterior ao tratamento. Com o organismo tendo capacidade reduzida de processar alimentos, para que haja uma boa nutrição, é preciso que a alimentação seja balanceada e rica em nutrientes, o que implica o abandono dos hábitos anteriores, como dieta rica em carboidratos, açúcares e gorduras.

Conclusão

A abordagem deste artigo tem por objetivo conscientizar o leitor comum de que a intervenção cirúrgica é parte do tratamento, e não todo ele.

Submeter-se a uma cirurgia bariátrica significa marcar encontro com resultados magníficos, mas também um compromisso para toda a vida, o que requer uma consciência muito clara de que o corpo e os hábitos sofrerão mudanças radicais; o acompanhamento médico deve ser permanente.

Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder os seus comentários sobre esse assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como cirurgião em Belo Horizonte!

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