O câncer de pâncreas é uma doença com alta taxa de mortalidade. Isto acontece devido ao diagnóstico tardio, na maioria dos casos. Também pode atingir outros órgãos vitais como os pulmões e o fígado. Homens, com 50 anos de idade ou mais, são as principais vítimas do câncer de pâncreas.
Pancreatite crônica, úlcera estomacal, diabetes tipo 2 (mellitus), alcoolismo, tabagismo e alimentação rica em gorduras são os principais fatores de risco dessa doença que afeta um órgão responsável pela produção de insulina e enzimas digestivas.
Sintomas do câncer de pâncreas
Os sintomas do câncer exócrino e neuroendócrino são diferenciados. O câncer de pâncreas exócrino apresenta os seguintes sintomas:
- Coceiras no corpo
- Desequilíbrio no processo de digestão
- Dores fortes nas costas e abdômen
- Escurecimento da urina
- Gordura nas fezes
- Icterícia: pele e olhos amarelados
- Perda do apetite, com consequente emagrecimento
- Presença de coágulos sanguíneos
- Vesícula dilatada
O câncer de pâncreas neuroendócrino apresenta outros sinais, podendo afetar também o fígado e os pulmões:
- Aumento na produção de gastrina, um tipo de hormônio que estima a formação de ácidos no estômago. O tumor originado desse processo é denominado como gastrinoma.
- O glucagonoma é o câncer de pâncreas originado da produção excessiva do hormônio glucagon, que também provoca o desenvolvimento de diabetes, devido ao aumento da taxa de açúcar.
- O aumento de insulina, além de reduzir a taxa de glicose no sangue, pode estimular o desenvolvimento do insulinoma, outro tipo de tumor que afeta o câncer de pâncreas.
A elevação da quantidade de somatostatina, peptídeos e polipetídeos é outro fator de risco para o câncer de pâncreas. O excesso de somatostanina causa náuseas, diarreia, diabetes e danos à vesícula. Peptídeos em excesso no intestino alteram os níveis de ácidos estomacais e potássio no sangue e podem causa câncer neuroendócrino.
O chamado tumor carcinoide, ao atingir a camada externa do pâncreas, estimula o fluxo de hormônios na corrente sanguínea, resultando em disfunções do aparelho respiratório, aceleração dos batimentos do coração e desarranjo intestinal.
Como é feito o diagnóstico do câncer de pâncreas?
O check-up anual pode detectar várias doenças no estágio inicial. No que diz respeito ao câncer, o diagnóstico precoce aumenta as chances de um tratamento bem sucedido.
De imediato, o paciente é submetido aos exames laboratoriais de sangue, fezes e urina, uma vez que alterações das funções do pâncreas podem ser detectadas nesse tipo de teste. Porém, para obter um diagnóstico mais preciso, é necessário fazer exames mais avançados como é o caso da tomografia computadorizada e da ressonância magnética.
Tratamento do câncer de pâncreas
A quimioterapia e a radioterapia são tratamentos aplicados com a finalidade de diminuir o tamanho do tumor e exterminar células cancerígenas, eventualmente espalhadas em outras partes do corpo.
A cirurgia é o tratamento mais eficaz porque retira o tumor do pâncreas. Caso o câncer já tenha espalhado, existe a opção da endoprótese e terapias coadjuvantes para proporcionar o bem-estar do paciente. Cabe ao médico avaliar a melhor estratégia de tratamento, levando em conta o estado geral de saúde e a idade do paciente.
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