A adenomiomatose da vesícula biliar é definida como uma doença degenerativa de espécie rara, provocada a partir do crescimento de parte do revestimento interno da vesícula biliar — conhecido como mucosa.
Essa condição ocasiona o espessamento da camada muscular, fazendo com que pequenos espaços — conhecidos como divertículos intramurais — se formem no interior da vesícula.
Apesar de não existir uma causa específica para o surgimento dessa doença, em 90% dos casos ela está relacionada aos casos de pedras na vesícula.
Sintomas da adenomiomatose da vesícula biliar
Na grande maioria das vezes os pacientes diagnosticados com esse problema não apresentam sintomas, visto que essa doença é considerada extremamente silenciosa.
No entanto, uma pequena parcela de pessoas pode se queixar de dores na parte superior do abdômen, que tende a se espalhar para o tórax e para as costas.
Ademais, outros sintomas menos comuns — como tom de pele um pouco amarelado, fezes esbranquiçadas e escurecimento da coloração da urina — também podem ser notados.
Diagnóstico da adenomiomatose da vesícula biliar
Como a adenomiomatose não costuma apresentar sintomas, geralmente o seu diagnóstico é feito por acaso, durante a realização de exames de rotina.
Porém, ao apresentar alguns dos sintomas listados acima, é muito importante que o indivíduo se consulte com um médico especialista para que o diagnóstico seja feito da maneira mais rápida possível.
Dessa forma, para confirmar o quadro da doença, o profissional poderá pedir os seguintes exames:
Ecografia
Nela é possível notar o espessamento da parede da vesícula nas imagens fornecidas pelo ultrassom.
Tomografia ou ressonância
A ressonância magnética ou a tomografia costumam ser os exames mais recomendados quando ainda há uma incerteza acerca do diagnóstico.
Vale lembrar que muitas pessoas relacionam a adenomiomatose com o câncer na vesícula, o que é um engano. Isso porque não há nenhum estudo conciso que comprove a ligação entre essas duas doenças.
Portanto, para evitar confusões entre esses dois problemas, o acompanhamento e diagnóstico médico possui um papel fundamental.
Tratamento para adenomiomatose da vesícula biliar
De uma forma geral, esta doença não requer tratamento. No entanto, caso ela esteja associada a pedras na vesícula e haja a persistência de sintomas como dores intensas na região abdominal sem nenhuma razão aparente, a colecistectomia pode ser indicada.
A colecistectomia é um procedimento cirúrgico onde é feita a remoção da vesícula biliar. Em geral, essa cirurgia pode ser feita de duas maneiras:
Colecistectomia aberta
Nesse tipo de colecistectomia, o abdômen do paciente é aberto por meio de um corte feito logo abaixo das costelas e então é feita a retirada da vesícula. Essa técnica é invasiva e considerada antiga, com duração de aproximadamente 1 hora.
Colecistectomia por videolaparoscopia
Ao contrário da colecistectomia aberta, essa técnica é considerada bem mais moderna e menos invasiva.
Aqui, são feitas duas pequenas incisões no abdômen do paciente, onde são inseridas ferramentas cirúrgicas de vídeo.
Esse procedimento dura entre 40 e 60 minutos e normalmente é o mais utilizado nos casos de adenomiomatose da vesícula biliar em que a intervenção cirúrgica é necessária.
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